
Na última noite (3 de junho de 2016) faleceu nos Estados Unidos Muhammad Ali. Mais que uma lenda do boxe (The Greatest), um dos maiores ícones da luta pelos direitos civis. A maioria sabe a sua história de batalhas tanto dentro como fora dos ringues, mas o que poucos sabem é que uma bicicleta está relacionada ao seu início no esporte.
Era uma tarde de outubro de 1954 e ele tinha apenas 12 anos de idade. Na época, quando ainda se chamava Cassius Clay, era dono de uma bike Schwinn vermelha e tinha ido pedalando com um amigo a um evento no Columbia Auditorium. Quando saiu do local sua magrela não estava mais lá, tinha sido furtada. Alguém disse a ele que no ginásio do auditório havia um policial. O garoto foi até lá e encontrou o oficial Joe Martin que, além de ser policial, era também treinador de boxe. Contou a ele o que tinha acontecido e ameaçou bater em quem tivesse levado sua querida bicicleta. Após ouvir o irritado menino, Martin perguntou a Clay, “E você sabe lutar?” O garoto disse “Não, mas eu vou brigar de qualquer jeito”. Então o treinador sugeriu “Porque você não aprende um pouco a lutar antes de fazer qualquer desafio precipitado?”
Martin se tornou seu primeiro treinador e seis semanas depois Cassius participou de um evento televisionado por um programa local chamado Tomorrow’s Champions. Foi sua primeira luta e ele venceu no ringue o também garoto Ronnie O’Keefe.
Ele nunca encontrou o ladrão da sua bicicleta, mas a partir daquele roubo que sua carreira gloriosa teve início. Conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Roma, em 1960, foi três vezes campeão mundial dos pesos pesados e é considerado o maior pugilista da história do boxe.
Em 1965 se converteu ao islamismo e mudou seu nome de Cassius Clay para Muhammad Ali, como ficou eternizado.
Enfrentou por 32 anos uma batalha contra o Mal de Parkinson e faleceu aos 74 anos em decorrência da paralisia causada pela doença. O mundo presta homenagens a Ali. Nunca será esquecido.
